top of page
Lombalgia

Dor que ocorre na região entre a décima segunda costela até o sulco interglúteo. Ela pode ser acompanhada de dor que se irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas na distribuição do nervo ciático (dor ciática).
A lombalgia é um problema extremamente comum, que afeta mais pessoas do que qualquer outra afecção, á exceção do resfriado comum. Entre 65% e 80% da população mundial desenvolve lombalgia em alguma etapa de suas vidas, mas a maioria dos episódios não é incapacitante. Mais da metade de todos os pacientes com lombalgia melhora após 1 semana; 90% apresentam melhora após 8 semanas; e os restantes 7% a 10% continuam apresentando sintomas por mais de 6 meses.
Causas
-A degeneração dos discos intervertebral talvez seja a principal causa da dor
-Degeneração das facetas articulares
-Deformidades do tronco
-Espondilolistese “escorregamento vertebral”
-Uso excessivo das estruturas lombares (resultando em entorses e distensões)
-Doenças sistêmicas com dor referida em região lombar, sendo identificadas mais de 70 doenças causadoras de dor
-Sedentarismo
-Fatores psicossociais
-Esforços repetitivos
-Excesso de peso
-Posição não ergonômica no trabalho
Diagnóstico
Uma vez que a maioria dos casos de lombalgia é auto – ilimitada, o diagnóstico por imagem raramente é necessário. Os fatores que levam ao início da dor, bem como a natureza e a duração da dor, propiciam importantes pistas para a busca da provável causa.
Devem-se solicitar exames de imagem para a obtenção do diagnóstico quando a dor persiste por mais de duas semanas e os exames que podem ser solicitados são: radiografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia óssea. Os exames laboratoriais devem ser solicitados quando a dor apresenta características inflamatórias.
“O médico através da história e o exame físico podem direcionar para o melhor exame para a obtenção do diagnóstico”.
Tratamento
“A percepção e o relato da dor pelo paciente e o grau resultante de disfunção e incapacidade são extremamente importantes para a programação do tratamento”.
Conservador
Nenhuma forma isolada de tratamento é eficaz para todas as formas de lombalgia. Quando a dor é causada por uma doença sistêmica, o tratamento deve ser direcionado ao problema subjacente; entretanto, na grande maioria dos casos, os pacientes apresentam lombalgia em virtude de um problema mecânico que não pode ser identificado, por isso é extremamente importante o acompanhamento médico para estabelecer o diagnóstico preciso.
De maneira geral o tratamento da lombalgia “mecânica” deve ser realizado quando:
Aguda
Repouso no leito não superior a 4 dias com passeios tão logo seja tolerado. Alívio da dor com analgésico ou AINEs.
Fisioterapia
Exercício aeróbico leve durante as primeiras 2 semanas de tratamento, seguido por exercícios musculares do tronco. Retorno às atividades profissionais e de recreação usuais tão logo seja possível.
Essas diretrizes levam em consideração o histórico natural da lombalgia que está associado à melhora assintomática na grande maioria dos pacientes após 2 meses do início dos sintomas.
Crônica
Baseia-se no alívio das causas e pode incluir perda de peso, exercícios para melhorar o tono e a resistência musculares e melhora da postura.
Os analgésicos podem ser utilizados para aliviar a dor, porém o uso crônico de narcóticos opióides deve ser evitado. A injeção nos tecidos moles com corticosteroides e anestésicos locais pode propiciar alívio da lombalgia crônica associada à síndrome miofacial ou fibromialgia.
O uso de antidepressivos pode ser utilizado associado a analgésicos e relaxantes musculares.
Importante: a melhora postural e em alguns casos acompanhamento psicológico.
Cirúrgico
“Em alguns casos, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a dor intratável ou a dor consequente a anormalidades estruturais”.
bottom of page